Poucos hoje entenderiam, e os do passado já o esqueceram ou nunca o conheceram. Os de hoje vivem em círculos de excitação, com saídas rápidas para destinos de paixão ardente sem vínculo. Os do passado, muitos subsistem com clichês vazios, corações frios e aspirações silenciadas. Habitam uma rotina fria e monótona, interrompida ocasionalmente por uma melodia que evoca pensamentos de desolação por um céu outrora azul, agora distante e cinzento.
Atualmente, os casais são incapazes de gestos ousados, de arriscar ou de serem audaciosos. Esse sentimento não visa entender, ajudar ou proporcionar felicidade.
Às vezes, questiono se o verdadeiro sentimento foi banalizado com o passar dos anos. Muitos proferem constantemente “amo-te!”, quando, na realidade, buscam conforto ou tentam enganar a si mesmos. E, de repente, esse sentimento desaparece sem motivo aparente, revelando que, talvez, nunca tenha existido! Ainda há genuíno sentimento entre duas pessoas? Ou é apenas uma tentativa de preencher um vazio em nossos corações?
Por isso, prefiro permanecer sozinho, recusando mediocridades. Sozinho, mas com um sentimento pleno. Viver com intensidade é aceitar, sentir gratidão e estar presente. É a plenitude da alma. Assim, sei viver: entregando-me completamente.
Felizes são aqueles que experimentam a ternura, a loucura, a diversão, a raiva, a dedicação, a paixão, que sentem o aroma da emoção e nada os separa.
É loucura, é alegria, são lágrimas, são sorrisos, é viver um mundo à parte quando nos entregamos. É um sonho, um desespero, uma alegria intensa.

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