
Sou aquilo que a vida quer que eu seja. Em certos dias, sou feito de sorrisos leves e alegria espontânea; noutros, carrego o peso da melancolia. A minha alma é inquieta, sempre à procura de novos desejos, de emoções que me preencham. Há momentos em que tudo o que preciso é de um abraço apertado, enquanto noutros, basta-me o calor de um simples beijo.
Por vezes, sou amor puro, radiante e intenso. Noutras, sou apenas a saudade que ecoa no silêncio das noites solitárias. Sei que nem sempre sou fácil de lidar – há dias em que me perco em pensamentos, e talvez isso me torne um pouco chato. Mas, independentemente disso, encontro sempre espaço para a felicidade. Será ilusão? Talvez. Ainda assim, persisto em ser amor, mesmo quando o amor me vira as costas.
Sou um emaranhado de palavras e sentimentos. Pode ser uma forma de escapar à rotina, de dar sentido ao caos à minha volta. Mas, espera… Estarei eu a complicar demasiado? Talvez. Afinal, sou confusão! Mas qual alma poética não é feita de desordem? Não tenho todas as respostas, mas, por agora, deixo que um gole de gin me traga alguma serenidade.
Observo o mundo à minha volta, sempre em movimento. Pessoas passam por mim, cada uma carregando a sua história, os seus sorrisos e as suas dores. Gosto de me perder nestes instantes, de absorver a beleza dos momentos simples, daqueles que, à primeira vista, parecem banais, mas que, no fundo, dão cor à vida.
E é assim que escolho viver: entre risos e lágrimas, entre abraços e despedidas. Cada dia é uma nova oportunidade para sentir, amar e recordar. Mesmo quando a vida me surpreende com caminhos inesperados, sigo em frente, procurando sempre a essência do que sou.
- Filipe Miguel
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