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Quando o medo se torna a sombra da alma

O medo, trai-nos a alma. É como uma sombra que nos segue, impedindo-nos de esvoaçar, de sentir a liberdade que a vida nos oferece. Ele rouba-nos as noites tranquilas, apagando o brilho do luar que, normalmente, nos ilumina os passos.
Quando deixamos que o medo tome conta de nós, tudo se torna mais difícil. As pedras da calçada, que costumavam ser nossos aliados, escondem-se, e as estrelas que poderiam guiar o nosso caminho desaparecem. É uma sensação angustiante; o tempo parece acelerar nas madrugadas silenciosas, e o coração, ah, esse bate forte, quase grita por socorro.
Mas não podemos permitir que o medo se torne um castigo, nem que seja a razão pela qual nos isolamos. É essencial que tenhamos um ombro amigo, alguém que nos escute nas horas de escuridão, alguém com quem possamos partilhar as nossas lágrimas e as nossas inseguranças.
Vamos abrir uma janela, deixar que a luz entre e ilumine os nossos dias. Que possamos ser como uma caravela, navegando com destreza nas águas do mar, guiados pelas correntes da vida. Que os nossos sonhos nos concedam a coragem necessária para avançar, que o desejo se faça ouvir, mais alto que qualquer hesitação.
Nunca devemos permitir que o medo seja um obstáculo, uma paragem numa vida cheia de sobressaltos. Nas asas do desejo, sejamos livres, voando alto, sem amarras. E, ao encontrarmos o carinho de um beijo, que possamos vencer o medo do despertar, do que está por vir. Afinal, a vida é uma dança constante, e precisamos aprender a dançar, mesmo quando a música parece ensurdecedora.

  • Filipe Miguel

Uma resposta a “Quando o medo se torna a sombra da alma”

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