Filipe de Luar

No meio das emoções nasce o sonho livre, sem correntes nem barreiras, capaz de limpar e libertar tudo à sua volta.
Aos meus pés descansam rios e mares. O mar, inquieto, vai e vem sem parar, embalando o tempo como um barco perdido nas ondas.
Na floresta, o vento anda à caça do perfume das flores e dos campos verdes, que se levantam e flutuam até ao céu.
Lá em cima, os pássaros voam sem limites. O céu cobre a terra com um manto cheio de cores, pintando-a com o canto das aves até onde a vista alcança.
E de repente, chove. A água mata a sede da terra, as raízes vibram como sangue nas veias, o coração dispara, e a chuva limpa tudo: a terra e a alma.
Nas profundezas corre a essência da renovação. O sol aparece, aquece o chão e faz nascer vida nova, vida que explode, cresce e se espalha.

• Filipe de Luar