Assusta-me este individualismo que se entranha como hera nas paredes da nossa geração. Egos inflados, vaidades sem freio, a corrida cega atrás da aparência, do conforto imediato, do objeto da moda que amanhã já não serve.
Incomoda-me o vazio que se mascara em discursos bem ensaiados, mas que por dentro é pântano. Palavras bonitas ditas por quem nunca aprendeu a sentir. Rostos cheios de pose, mas ocos de essência.
A verdade é simples: ninguém se cumpre sozinho. Precisamos do outro: do vizinho, do amigo, da comunidade. A vida não floresce em muros erguidos nem em trincheiras contra todos. Cresce no encontro, no gesto partilhado, no apoio mútuo.
E o que realmente nos falta não é mais um par de ténis ou o último gadget. O que nos falta é o conforto dos afetos: abraços que seguram, sorrisos que iluminam, valores que nos orientam, amores que nos dão chão e horizonte.
No fim, não é o brilho artificial das vitrines que nos salva. É a luz viva dos olhos de quem está connosco.

Anúncios
Deixe uma resposta para irenesilva2007fenixazul Cancelar resposta