Sou aquilo que a vida me pede para ser.
Às vezes, carrego um riso leve, quase inocente; outras, deixo-me mergulhar na tristeza que pesa fundo.
Sou uma alma inquieta, sempre faminta de sentir: ora de abraços que aquecem como lareiras, ora de beijos que queimam como labaredas.
Há dias em que transbordo amor, como se não houvesse limites. E há outros em que me reduzo a uma saudade muda, corrosiva, que se instala no silêncio.
Sim, confesso: também sei ser lágrima escondida, mesmo vivendo por dentro de uma felicidade que roça o eterno.
Pode soar a utopia, mas insisto em amar. Amo mesmo quando o amor me vira as costas, mesmo quando a vida me fecha portas.
Sou feita de paradoxos, de emaranhados de frases soltas, como se a escrita fosse a boia que me impede de me afogar na rotina.
Espera… confesso que às vezes me perco. Não, é mais do que isso: eu sou a própria confusão!
E, se penso bem, que alma poética não o é?
Não sei exatamente quem sou e talvez nunca precise de saber.
Hoje, deixo que um copo de Martini me embale, como se fosse colo. Nesse instante breve, encontro paz no meio do caos.

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Quem sou eu no meio do caos?
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