A vida é mesmo uma caixinha de surpresas. E a alma? É a chave secreta dessa caixa, guardando a essência que nos conduz à felicidade.
Há quem consiga despir-nos sem tocar no corpo; tiram-nos as máscaras e deixam a nu tudo o que somos. E quando achamos que já nos despiram por inteiro, eis que surge alguém que nos mostra que ainda havia muito mais por revelar. É isso que torna a vida tão bonita: a capacidade de surpreender sempre mais um pouco.
Foi assim contigo. Quando acreditava que já não havia segredos em mim, apareceste tu. Despiste-me a alma, cativaste o meu olhar, quebraste as muralhas com um sorriso. No início, foi o corpo, o olhar, as curvas perfeitas… mas cedo percebi que o verdadeiro encanto estava no teu interior. E nada, absolutamente nada, é mais belo do que isso.
No dia em que nos cruzámos, plantaste em mim uma semente chamada Amor. E desde então vejo-a crescer todos os dias: firme, luminosa, imparável. O Amor é como uma planta: precisa de cuidado, atenção e entrega. Se for bem tratado, floresce; se for esquecido, seca e morre.
Tu és menina de medos e fragilidades, mas com uma força desarmante. Tens o poder de derrubar as minhas defesas e de me empurrar para a vida. E é esse empurrão que tantas vezes nos falta para não deixarmos o medo roubar-nos a felicidade.
Contigo aprendi que posso falar sem filtros, desabafar sem receios, contar segredos que nunca tive coragem de dizer. Porque tu és única. E contigo, finalmente, sou inteiro.
Mas a vida não é uma estrada reta. Tem curvas, desvios e barreiras. Às vezes chegamos tarde. Outras, ainda a tempo. Só a própria vida sabe a resposta.
Filipe de Luar 
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