Gosto de gostar de ti.
Sem esforço. Sem porquês.
Fazes-me sorrir até nos dias cinzentos e quem sorri assim, está onde deve estar.
Feliz. Leve. Em paz.
Mas antes…
Gosto de gostar de mim.
Se não sei gostar da minha companhia, como podia querer que a tua fosse casa?
Gosto de como me fazes crescer.
Todos os dias um bocadinho.
E isso, acredita, aquece por dentro como nada mais.
Gosto da vida que construímos.
Mesmo com dúvidas. Mesmo com lutas.
Porque só quem luta é quem quer ficar.
E ficar é o verbo mais bonito que conheço.
Gosto da luz que trazes no olhar.
De como ela acende a minha.
Gosto do teu sorriso que me desmonta,
do teu toque que escreve poesia em mim,
do beijo que incendeia,
do cheiro que fica como memória boa que não se apaga.
Gosto de tudo o que és.
Sem filtros. Sem máscaras.
E gosto de gostar de ti, porque finalmente aprendi a gostar de mim.
Gosto tanto de mim… que acabei por gostar ainda mais de nós.
Contigo, encontrei a paz que julgava perdida.
O silêncio que me embala.
A presença que não grita, mas nunca falha.
Vivemos um no outro.
Na nossa maneira única e descomplicada.
Cheia de cuidado, desejo, ternura, respeito, fogo e verdade.
Não precisamos de palavras.
O que nos une não cabe em dicionários.
Está nos gestos. Nos olhares. No jeito como existimos lado a lado.
Gosto de gostar de nós. Ponto.

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