O verão chega e tudo muda. Os dias esticam, as roupas encolhem e os sentidos despertam. Há uma energia no ar que aquece por dentro e por fora — um fogo miudinho que se acende na pele e cresce no olhar.
O calor invade-nos e, com ele, vêm os desejos que dormiam durante o inverno. Corpos soltos, livres de pudores, procuram toques que arrepiam e beijos que demoram. É o tempo dos encontros quentes, das almas carentes e dos pecados que já nem se fingem inocentes.
As mãos ganham vida. Tocam, exploram, provocam. Como se soubessem exatamente onde morar no outro. Gestos pequenos, intensos, capazes de incendiar até os silêncios. Dois corpos a dançar no mesmo ritmo, entrelaçados num calor que é mais que físico — é visceral, é emocional, é verão.
E há mais: as ruas pintam-se de cor, os corpos vestem-se de pele e sorrisos. As noites encurtam, mas valem por mil. Os dias iluminam tudo — por dentro e por fora. Cada passo na areia, cada mergulho no mar, cada gota de suor… é uma celebração da vida.
Verão é isto.
É a alma leve, o coração em brasa, a pele exposta e bronzeada.
Roupas curtas, risos fáceis, vontades à flor da pele.
Os dias são longos, mas as noites… essas nunca chegam para tanto fogo.
Sol. Mar. Areia quente nos pés.
Tudo ganha cor. Tudo vibra mais alto.
É nesta estação que me sinto mais vivo, mais eu, mais tudo.
Verão é desejo, é liberdade, é prazer sem culpa.
É o tempo em que o corpo fala e a alma responde.
E, sinceramente, são estes os meus dias preferidos.

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Verão no corpo, fogo na alma
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