Acordei com um vazio no peito. Daqueles que apertam sem se ver. Senti a tua ausência no silêncio da manhã e dei por mim a pensar: quanto de mim ficou em ti?
Todos os dias dou por mim a lembrar-te. A querer falar contigo. A precisar de ti, da tua voz, do teu cheiro, do teu abraço. Todos os dias, sem falhar. É como se o mundo ficasse mais apagado quando não estás. Faltas-me nas coisas pequenas: num café partilhado, numa gargalhada no sofá, num “bom dia” com aquele brilho.
Quero-te ao meu lado, nas rotinas simples e nos dias mais caóticos. Quero-te nas manhãs apressadas e nas noites tranquilas. Quero-te nos dias de sol e nos dias de tempestade. Quero-te sempre, em todas as horas, em todos os detalhes.
Sinto falta de tudo em ti. Das tuas birras e dos teus beijos. Do teu jeito de me fazer rir e da forma como o teu abraço me arrumava por dentro. A tua ausência pesa. E o que sobra é esta saudade teimosa, esta ânsia de te ter por perto outra vez.
Resta-me viver um dia de cada vez, confiar que o sol me vai lembrar que tudo passa. Às vezes não é preciso dizer nada. Mas sabe sempre bem ouvir um “amo-te”, mesmo quando não estamos à espera.
Fazes-me falta. De mil formas. E todos os dias.
- Filipe Miguel

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