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Se hoje fosse a última vez… o que me dirias?

Há paixões que chegam e partem como o vento. Mas quando ficam, quando se agarram a nós com força, é porque há algo maior a puxar por dentro. Pode haver paixão sem sentimento profundo, claro que sim. Mas quando existe aquele fogo que também cuida, respeita e permanece… aí sim, temos uma ligação à prova de tudo. Não se trata só de gostar ou de querer, trata-se de vibrar e pertencer. E quando isso acontece, é raro, é bonito, é poderoso.
O problema? É que às vezes deixamos que o tempo nos leve. Corremos atrás dos segundos, viciados na pressa, cegos pelo barulho do dia, e esquecemo-nos de sentir. De verdade. Esquecemo-nos de viver como quem sente tudo com o corpo e com a alma.
E depois? Depois vem a saudade do que não dissemos. Do que não abraçámos. Do que deixámos para amanhã, como se amanhã fosse garantido.
O meu lugar? É ao teu lado. Sempre foi. Mesmo quando o mundo gira ao contrário, mesmo quando o silêncio pesa mais do que as palavras.
Se hoje fosse a última vez que me visses… o que dirias? Eu sei o que te diria a ti: volta. Nem que seja só para me dares aquele abraço que para mim vale mais do que o tempo, o espaço e todas as palavras que não sei dizer.
E se não der para voltares agora, diz-me só que é um até já… Porque despedidas definitivas não combinam connosco.

  • Filipe Miguel
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