Filipe de Luar

Há pessoas que nascem connosco… e outras que a vida nos vai oferecendo pelo caminho. Uns chamamos de irmãos porque a família assim quis. Outros ganham esse título por mérito e passam a ser irmãos de coração.
Hoje é dia de os celebrar. De agradecer por estarem lá, de rir com as memórias e de recordar tudo o que já enfrentámos juntos. Porque irmãos não são só quem partilha o apelido — são quem partilha a alma.
Os de sangue, crescemos com eles. Discutimos, rimos, choramos e voltamos a rir. Temos histórias em comum, segredos escondidos no olhar e uma ligação que o tempo não apaga.
Os de coração, escolhemos ao longo da vida. Aparecem quando menos esperamos e, sem darmos conta, tornam-se casa. São aqueles amigos que nos conhecem como ninguém, que estão connosco mesmo sem falarmos todos os dias, que nos sentem mesmo à distância.
Ter um irmão — seja de sangue ou de coração — é ter alguém que está lá quando tudo falha. É ter um abraço disponível nos dias difíceis, uma gargalhada nos dias bons, uma palavra certa quando tudo parece errado.
São os nossos confidentes, os nossos conselheiros, os nossos cúmplices. Sabem o que pensamos sem dizermos nada. Aguentam connosco as tempestades e celebram cada conquista como se fosse deles. Com eles, não precisamos de fingir, somos só nós.
E o mais bonito disto tudo? É saber que, mesmo quando a vida nos separa por quilómetros, há laços que não se quebram. O amor entre irmãos resiste a tudo: ao tempo, à distância, às diferenças. Porque há ligações que nem a vida consegue desfazer.
Por isso, hoje (e todos os dias), abraça os teus irmãos. Liga-lhes. Diz-lhes o quanto te são importantes. Porque são eles o nosso pilar, o nosso suporte invisível, a família que nos foi dada ou que escolhemos amar.
Se todos tivéssemos um amor assim, o mundo seria um bocadinho mais leve, mais justo, mais bonito.
Porque tudo o que nasce do amor, especialmente o amor entre irmãos, é um passo para uma sociedade mais unida… e com muito mais coração.

• Filipe Miguel