Acordar contigo era como acordar num sonho bom que, por magia, tinha continuado. O teu “bom dia, meu amor” murmurado ao ouvido, aquele cheiro teu ainda preso à minha pele… e o teu sorriso, esse sorriso de quem ama viver e tem pressa de amar.
Havia uma paz em estar ali, contigo. Só nós, embrulhados um no outro, sem planos nem pressas. Eu, a querer cobrir-te de beijos e mimos. Tu, a rir dos meus jeitos meio parvos, meio doces, enquanto dizias que bastávamos um ao outro. E era mesmo isso. Bastava-nos sermos nós.
Mas agora, o que pesa é a ausência. Falta-me a tua voz, o teu toque, o brilho nos teus olhos. E sabes… isso sim, era amor. Porque amor de verdade não deixa espaços vazios. Amor de verdade faz-nos melhores, mais leves, mais inteiros.
Talvez um dia, alguém chegue e nos abrace tão forte que todos os pedaços partidos se juntem outra vez. Mas até lá… fico com a memória dos teus beijos, do teu calor, do teu sorriso tonto.
Amo-te como se o tempo tivesse parado. Como se ontem, hoje e amanhã fossem só uma coisa: nós.
- Filipe Miguel

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