Filipe de Luar

Os tempos são imperfeitos, conjugados sobre as lembranças da tua existência em mim, as palavras que me aclamas-te sobre os pórticos das infinitas vidas que me acumularam anseios divinos de celebrações magistrais, cósmicas, mas nada se torna tão eterno, que ao mesmo tempo seja tão poderoso, tão perfeito. Decidi que o tempo não é apenas amanhã, todos os sonambulismos snobs me tornaram premente em obséquios de lembranças que se intentam em fugas de já não me existires. E antes que eu próprio não me exista, opto eu, não pela fuga, mas pela lembrança de que ainda me sou corpo e vida.

• Filipe Miguel

AMORES CLANDESTINOS
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