Sabes, a vida é feita de fases, como as borboletas. Nada acontece de repente. Primeiro vem o casulo, o silêncio, a espera… E só depois nasce a beleza. Sem transformação, não há magia. Assim é a vida, tanto pode ser doce como um abraço apertado, como pode ser dura e fria como um inverno sem fim.
Num dia estás no céu, no outro parece que tudo desaba. Mas quando encontramos alguém que nos faz sorrir mesmo nos dias nublados… ah, aí sim! A vida enche-se de cor, de risos, de pele arrepiada e corações acelerados. É aí que voltam as borboletas, aquelas que dançam dentro da barriga sem pedir licença.
Não deixes que elas desapareçam. Porque enquanto houver borboletas, há amor, emoção, vida. E se um dia deixares de as sentir… olha, talvez seja sinal de que te estás a perder de ti.
Sentes falta desse friozinho bom na barriga? Daquele sorriso parvo? Das pernas a tremer só porque aquela pessoa chegou? Então vai atrás disso. Vai atrás das tuas borboletas. Não deixes que elas adormeçam. Porque no fim, a vida só faz sentido se ainda soubermos o que é sentir.
- Filipe Miguel
Filipe de Luar 
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