Já alguma vez paraste para pensar se tens mesmo a certeza daquilo que achas que sabes? Será que sabes mesmo o que queres da vida? Ou será que andas só a convencer-te disso?
Falamos muito em certezas… mas a verdade é que há muito poucas. O que temos, na maioria das vezes, são convicções — aquelas ideias que sentimos cá dentro como se fossem verdade, mas que, no fundo, não temos como garantir. A linha entre ter a certeza e estar convencido é mais fina do que parece.
E como é que se sente uma certeza, afinal? É aquele clique imediato ou uma sensação que vai crescendo? E se não for nada disso? Já todos passámos por momentos em que achávamos ter a certeza… até a vida nos mostrar o contrário. Nessas alturas, a dúvida instala-se e começamos a questionar tudo.
Às vezes, parece que quanto mais duvidamos, mais queremos acreditar que temos razão. São as chamadas “certezas convictas”, uma mistura entre aquilo que achamos que sabemos e aquilo em que queremos acreditar. Existem? Claro que sim! Porque, no fim de contas, cada um de nós vive as suas próprias certezas… mesmo que, por dentro, estejam cheias de pontos de interrogação.
Vivemos num mundo onde o acaso manda mais do que gostávamos de admitir. E ainda assim, acreditamos que nada acontece por acaso. Loucura, não é? Mas talvez seja isso que nos mantém em frente: acreditar nas nossas certezas, mesmo que no fundo saibamos que são só convicções com um bocadinho de fé.
- Filipe Miguel

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