Agora há dias para tudo.
Provavelmente antes já havia e eu ainda não tinha dado por eles, mea culpa. Então e como se comemora? Colocamos um sorriso no rosto todo o dia e fazemos de conta que estamos felizes? E se não estivermos? Apregoamos felicidade ao vento? Pomo-nos bem se estivermos mal? Não temos o direito a estar tristes? Ou será antes um dia que deveria ser usado para questionar, para introspectar a nossa vida, para percebermos em que pé estamos. Se nos sentimos felizes com uma mísera existência, ou se somos uns insatisfeitos irredutíveis e que afinal aquilo que temos é o que queremos se olharmos com outros olhos. E felicidade? Diz-se que são pequenas coisas. Para mim, mais do que pequenas, são coisas simples. Que nos fazem sorrir quando menos nos apetece. Que nos fazem arrepiar, quando não estamos à espera delas. Coisas tão simples, como um bom dia ou boa noite, podem significar felicidade. Um beijo ao acordar dado cheio de energia. Um bolo de chocolate num dia de neura. Um telefonema de um amigo distante. Um postal na caixa do correio.
Felicidade? Às vezes é tão simples habituarmo-nos ao que nos faz infeliz que nem damos conta do marasmo dos dias.
Felicidade? Coisas simples! Façam-nas também.
- Filipe Miguel
AMORES CLANDESTINOS
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