As minhas borboletas andam loucas. Não param quietas nem por um segundo. Quando estás por perto, dançam como se o mundo fosse uma festa só delas. Quando não estás, fazem uma espécie de dança da chuva, como se assim te pudessem chamar de volta. Não adormecem, não descansam, só esperam, inquietas.
Aprendi que o segredo não é tentar controlar as borboletas, mas sim cuidar do nosso jardim com carinho. Se o espaço for bonito, leve e verdadeiro, elas vêm por si só. E eu gosto delas assim, livres. Lembram-me tudo o que é bom: a leveza, a alegria, a beleza sem esforço, os pensamentos que nos fazem sorrir sem motivo.
O que dói mesmo é quando alguém nos faz acreditar que é seguro prender as borboletas, que é o certo… e depois, sem aviso, abre a porta da gaiola e vai-se embora, deixando o vazio.
Por isso, hoje prefiro aproveitar o agora, sem planos grandiosos, sem expectativas exageradas. Deixar que os sentimentos voem, que os sonhos respirem. Porque borboletas presas perdem o brilho. Mas soltas… ah, soltas são a mais pura forma de felicidade.
- Filipe Miguel

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