Filipe de Luar

Porque amor há só um e paixões há várias?
Paixões… há muitas! Mas amor, bom…
O problema é que a origem do que as pessoas consideram “amor” é basicamente uma paixão mal acabada, adubada com respeito, fertilizada com carinho, regada com amizade e tolerada por receio de não vir a haver novas paixões. Se nunca envelhecesse-mos e tivesse-mos sempre o aspecto jovem provavelmente a palavra amor nem teria sido inventada, apenas iriam chamar de atracção.
O amor é mais do que aquilo que se faz por uma paixão.
A paixão tem mais de cariz sexual, da beleza, o fascínio pelo o outro, o desejo… mas um dia, isso tudo acaba.
O amor é um sentimento muito mais poderoso que a paixão, tem tudo o que a paixão tem, mas é mais profundo, não vê apenas nas coisas bonitas, é no gostar dos defeitos que o outro tem, porque ninguém é perfeito, é sermos capazes de estar sempre ao lado da pessoa nos momentos difíceis, é ceder quando for preciso… o amor vai-se construindo todos os dias.
Mesmo com muitas paixões, é bem possível que nunca se viva um verdadeiro Amor. Algo que nos complete, que nos faça sentir melhores, que nos faça sonhar, que nos faça partilhar as coisas mais básicas do dia-a-dia naturalmente, que nos permita sonhar dia após dia, que nos ame verdadeiramente.
O Amor é o sentimento mais nobre.

• Filipe Miguel

AMORES CLANDESTINOS
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