
Eu ouço-te. De alguma forma ouço-te no silêncio das palavras que não me dizes. De alguma forma sinto o teu calor na escuridão fria do dia. Será que me consegues ouvir? Há tanto ruído nos meus gestos, tanta brusquidão no meu silêncio. Mas ouve-me, ouve-me mesmo quando as palavras mortas apenas esvoaçam. Ouve-me se eu me calar. Ouve-me se tiver a língua presa. Deixa-me ser o teu abrigo e tu o meu.
- Filipe Miguel
AMORES CLANDESTINOS
Livro disponível para venda aqui:
https://www.livrariaatlantico.com/palavras-soltas/amores-clandestinos
Anúncios
Deixe um comentário