Filipe de Luar

O mundo em que vivemos pode ser desafiador e, por vezes, confuso. No entanto, há algo que pode torná-lo mais leve: o amor. Amar exige entrega, sinceridade e um esforço contínuo para cultivar relações autênticas. Independentemente de onde estejamos ou das circunstâncias que enfrentamos, o essencial é dar o nosso melhor. O amor requer tempo, paciência e dedicação, elementos fundamentais para cresçer de forma saudável.
Criar rotinas e planos é um passo essencial. O tempo investido no amor nunca é desperdiçado; pelo contrário, é uma aprendizagem constante. Amar não é simples, pois envolve inteligência emocional, respeito mútuo e, acima de tudo, amor-próprio. Quando nos valorizamos, tornamo-nos capazes de oferecer aos outros o melhor de nós. O amor verdadeiro traz consigo um sentimento de acolhimento, fortalece-nos para o futuro e revela a beleza da vida.
A verdade é clara e inquestionável: amar, hoje em dia, tornou-se um desafio porque muitas pessoas não compreendem o verdadeiro significado do amor. O ritmo acelerado da vida faz com que o essencial seja frequentemente deixado para segundo plano. Contudo, o amor deve ser sempre uma prioridade. Cada um de nós desempenha um papel na forma como a sociedade valoriza o amor. Se não o encontrarmos dentro de nós, dificilmente o reconheceremos nos outros. Muitas vezes, exigimos dos outros aquilo que nem nós próprios conseguimos oferecer.
Amar não é uma escolha racional, como selecionar uma peça de roupa ou decidir onde jantar. Os sentimentos não podem ser programados nem controlados. Não há garantias de que alguém permanecerá ao nosso lado para sempre, mas isso não significa que o amor não valha a pena. Não existem pessoas perfeitas. Alguns amam, mas têm dificuldade em demonstrá-lo, enquanto outros, por egoísmo ou comodismo, permanecem em relações sem compreender as suas próprias emoções.
Todos queremos ser amados, mas o amor precisa de reciprocidade. Dar sem receber pode ser desgastante e frustrante. O mais importante é saber o que desejamos e o que não estamos dispostos a aceitar. Muitas pessoas investem mais no outro do que em si mesmas, criando expectativas elevadas e sujeitando-se à desilusão. O segredo está em encontrar um equilíbrio.
O primeiro passo para um amor saudável é investir em nós próprios. Quando nos conhecemos e nos valorizamos, tornamo-nos mais preparados para reconhecer quem realmente se importa connosco. Amar começa dentro de cada um de nós. Por isso, cultiva o teu amor-próprio e permite-te ser feliz!

• Filipe Miguel