
Hoje, senti a saudade invadir-me de forma intensa. Ela não pede licença, entra sem aviso, instala-se e torna-se impossível de ignorar. É aquele vazio que nos consome, como se faltasse algo essencial para respirar. E, no meu caso, esse algo és tu.
Olhei para o céu, como se a resposta pudesse estar lá. O azul parecia infinito, mas entre mim e ele estavam nuvens, leves como algodão. Elas estavam ali, quase como se quisessem segurar-me, impedir que a dor fosse maior. Mas a verdade é que, por mais que o céu seja lindo, a tua ausência deixa tudo sem cor.
A saudade não é apenas um sentimento; é quase uma presença. Uma sombra que me acompanha, dia e noite. Faz-me recordar momentos que já foram, como se fossem relíquias preciosas guardadas num canto da memória. Às vezes dói, outras aquece, mas nunca desaparece.
Penso em ti e no quanto sinto a tua falta. A tua voz, o teu sorriso, até as coisas mais simples que fazias. Não sei se o tempo ameniza ou apenas nos ensina a viver com a ausência. Mas sei que, enquanto escrevo, guardo-te nos versos, como se pudesse dar-te vida novamente, mesmo que só no meu coração.
A tua memória está em tudo: no perfume do jasmim, na brisa que toca o meu rosto, no silêncio das noites. E, ainda que a vida seja fugaz, tu permaneces. Porque, enquanto houver amor, nunca haverá um fim.
- Filipe Miguel
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