
Ela fechou os olhos e deixou-se levar pelo vento. Sentiu-o acariciar-lhe o rosto, misturado com o cheiro da noite e da frescura do ar. Um sorriso, quase imperceptível, escapou-lhe enquanto flutuava, sentindo-se leve. A lua, lá no alto, brilhava com uma luz suave, guiando-lhe o caminho. Naquela noite, não havia medo. Era como uma borboleta que, apesar de receosa, avançava com confiança. Ela sabia que estava a dar um passo em direção à liberdade, a algo maior. Não queria voltar atrás, não queria mais ser limitada. Era livre. E naquele momento, a liberdade era mais que uma palavra — era um caminho que ela escolhera seguir. O seu sorriso era a sua força, e sabia que não devia esconder quem realmente era. O vento, as estrelas, a lua — tudo parecia concordar com ela. Ela podia voar, e nada a impediria.
- Filipe Miguel
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