
Sentado aqui, no silêncio da sala, deixo que os pensamentos se estendam, sem pressa. Penso nos pequenos nadas que povoam a minha mente, coisas tão simples, tão pequenas, mas que para mim têm um valor imenso. São como pequenos fantasmas que habitam este espaço interior e me acompanham, sempre presentes. São esses momentos, esses gestos quase imperceptíveis, que me fazem sentir que sou quem sou. Sem eles, talvez fosse outra pessoa, mas com eles, fui moldado, fui feito. Esses pequenos nadas, que os outros não veem, são o que me mantém firme, aquilo que me define.
Há algo nos pequenos momentos que, de tão simples, tocam mais fundo. Eles não pedem atenção, mas, sem saber, mudam tudo. Talvez seja isso que realmente importa: esses detalhes invisíveis que, no fim, nos fazem ser quem somos. E, quando olho para trás, percebo que, mesmo que pareçam banais, foram esses nadas que me tornaram gente.
- Filipe Miguel
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