O meu corpo sente as mudanças da natureza, como se cada estação entrasse em mim e me transformasse. Quando a primavera chega, parece que a vida começa de novo. As flores nascem e o mundo ao meu redor ganha cores, como se eu fosse parte dessa renovação. A cada passo, o chão me parece mais leve e tudo ao meu redor me chama, como se eu fosse um convite à beleza simples da vida.
Com o verão, o calor toma conta de mim. O Sol brilha forte, acariciando a minha pele, e sinto uma vontade imensa de me perder no mar. A cada amanhecer, mergulho nas águas frias, deixando-me envolver pelas ondas, como se elas compreendessem o que sinto e me acolhessem.
Quando o outono chega, as árvores começam a mudar. As folhas caem aos poucos, e algo em mim também sente a necessidade de deixar ir o que já não faz sentido. É um processo triste, mas bonito, como uma despedida que nos ensina a seguir em frente.
No inverno, o frio invade a minha alma, mas a tua presença aquece-me de dentro para fora. O contraste entre o ar gelado e o calor do teu abraço dá-me a calma que preciso. O mundo pode estar gelado, mas dentro de mim, encontro refúgio em ti.
Em cada estação, sou quem sou. Um pouco de sol, um pouco de chuva. Sou as mudanças que a vida traz, mas também sou a permanência de quem não tem medo de se transformar.
- Filipe Miguel
Filipe de Luar 
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