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A Pausa que Preciso

Fechei a porta e deixei o mundo lá fora. Não quero ouvir o que ele tem a dizer. O peso no meu peito é forte, como se o céu estivesse prestes a cair e o mar estivesse a desaparecer. Sinto-me pequeno, perdido, mas também, de alguma forma, em paz. O barulho lá fora não me alcança.
Hoje, estou a fazer uma pausa. Não há pressa. Não há obrigações. Apenas eu, num canto do meu quarto, com a minha própria companhia. Tento entender o que se passa dentro de mim, sem pressa, sem medo de enfrentar os sentimentos que surgem. Eles vêm e vão, mas eu deixo-os ser, sem tentar controlar.
A luz do sol entra através das cortinas, iluminando a sala com uma suavidade que acalma. O cheiro do café a meio do dia enche o ar, familiar e reconfortante. O tempo parece desacelerar, e por um momento, o mundo lá fora fica distante. Não há pressa, não há confusão. Aqui, neste silêncio, encontro uma tranquilidade que há muito não sentia.
A solidão não me assusta. Sinto-me em casa neste lugar de calma. Neste momento, sou apenas eu. E é exatamente o que eu preciso.

  • Filipe Miguel

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