
Na quietude daquela noite, o mundo parecia ter parado. A única coisa que importava eram os dois, o calor das suas peles e o som suave dos corações que batiam em uníssono. Eles não precisavam de palavras para se entender. Os gestos, os olhares, o toque… tudo o que faziam juntos era uma expressão de algo profundo, algo que nenhum outro ser humano poderia compreender. O amor estava ali, num espaço onde ninguém mais ousaria entrar.
Ele tocou-a levemente no rosto, os dedos passeando pela pele dela com a suavidade de quem já conhece o desejo e a cumplicidade. “Estás aqui, tão perto”, sussurrou ele, como se tivesse medo de que as palavras se perdessem na imensidão do momento. Ela sorriu, um sorriso tranquilo, de quem sabe que finalmente encontrou o lugar onde pertence. “Sempre estive”, respondeu, com a certeza de quem não precisa mais procurar.
E ali, nos braços um do outro, perderam-se no prazer de estarem juntos, sem pressa, sem pressões. O mundo, do lado de fora, não existia mais. Só existia aquele abraço, o toque e o suspiro que os envolviam. E, no silêncio da noite, os dois entregaram-se um ao outro, como se o amor fosse a única coisa que fazia sentido.
Ela murmurou “Amo-te”, antes de se deixar envolver pelo sono, a cabeça repousada no peito dele, sentindo a calma de um coração que batia no mesmo ritmo que o seu. Ele, com os braços apertando-a contra si, respondeu: “E eu a ti, sempre.” Ali, juntos, encontraram o que sempre procuraram. A paz que só o amor verdadeiro pode oferecer.
- Filipe Miguel
Deixe um comentário