A vida nunca foi apenas poesia. É feita de altos e baixos, de dias em que parece que temos tudo e outros em que sentimos que perdemos até o chão. Há momentos que nos desafiam a continuar, mesmo quando tudo dentro de nós grita para desistir. Mas a vida não é só sobre resistir. É sobre viver, amar e arriscar, mesmo com medo.
O amor, quando é verdadeiro, precisa de dois corações a bater no mesmo compasso. Se apenas um lado luta, o peso torna-se insuportável, e o que antes era felicidade transforma-se em dor. Quantas vezes deixamos palavras importantes por dizer? Quantas vezes ficamos em silêncio, temendo rejeição, e perdemos a chance de mudar tudo? Basta um “amo-te”. Apenas isso. Mas o medo impede-nos.
E depois vem o arrependimento, aquela sensação que nos atormenta à noite, quando pensamos no que podia ter sido. Porque, no fundo, sabemos que não tentámos, que não lutámos como devíamos. O amor é um risco, mas é um risco que vale a pena.
Por vezes, amar significa saber parar. Não porque deixamos de sentir, mas porque percebemos que insistir só aumenta a dor. Há relações que nos deixam marcas para sempre, que nunca se apagam, mesmo quando a pessoa já não está ao nosso lado.
Ainda assim, a vida segue. Há dias de sol e dias de tempestade, mas cada momento é uma oportunidade para tentar outra vez. Não guardes para amanhã o que podes dizer hoje. Ama com tudo o que tens, porque o tempo não espera por ninguém. E, no fim, só importa uma coisa: viver sem arrependimentos.
- Filipe Miguel
Filipe de Luar 
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