
E se amanhã for tarde demais?
Se o tempo escapar entre os dedos e não tivermos chance de sentir a relva fria sob os pés descalços, ou de simplesmente olhar para o céu enquanto o sol se põe?
E se não houver tempo para nos perdermos no mar, para deixar que a água salgada nos envolva e nos traga de volta à vida? A liberdade que ele oferece é única, mas será que temos ainda espaço para a aproveitar?
E se já for tarde para saborear um pastel de nata, sem pressa, sem culpa, apenas pelo prazer do momento? Ou para usar aquele perfume especial, aquele que guardamos para ocasiões que parecem nunca chegar?
E se não houver mais tempo para um café com os amigos ou a família, aqueles momentos que, muitas vezes, adiamos, mas que são os que realmente nos aquecem o coração? Ou para dizer, sem medo, as palavras que ficaram presas na garganta: “Eu amo-te”?
O amanhã pode ser tarde demais, mas hoje, este instante, é todo meu. É tudo o que tenho. Não vou esperar. Vou viver com intensidade, aproveitar o que me é dado, sem arrependimentos. A vida acontece agora, e é nela que encontro o que realmente importa.
Vou abraçar o presente, sem receios, sem limitações, e fazer de cada momento uma celebração. Porque o que vale, no fim, é a forma como vivemos o hoje, com quem estamos e o que sentimos. Hoje é um presente, e eu escolho vivê-lo plenamente.
- Filipe Miguel
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