Filipe de Luar

Olho pela janela e vejo a chuva a cair lá fora. Cada gota parece ser tua, uma lágrima que escorre sem fim. O som das gotas no vidro é como um suspiro, uma lembrança da tua ausência que me aperta o peito. Sinto-me vazio, como se a dor se tivesse instalado em mim, dificultando até a respiração. A saudade é um peso enorme que me impede de seguir, mas sei que preciso resistir.
Queria poder estar contigo agora, dar-te a mão, dizer-te que tudo vai ficar bem. Por favor, não deixes que a tristeza te consuma. Não quero que enfrentes a solidão sozinho. Eu vou até ti. O tempo pode parecer demorado, mas o nosso amor é mais forte do que qualquer distância.
Se te sentires perdido, lembra-te que não estás só. Eu estarei sempre aqui, mesmo quando o relógio parece andar mais devagar. Não deixes a dúvida ou o medo tomar conta de ti. Se necessário, atravessarei todos os mares para te encontrar, para que possas sentir a paz que tanto mereces.
Não há tempestade que dure para sempre. Mesmo quando tudo parece escuro, o Sol está apenas à espera de surgir. Em breve, o inverno passará e a primavera trará calor. Quando nos encontrarmos, o abraço será mais forte, e o amor que partilhamos será mais claro.
Não derrames mais lágrimas. A nossa esperança é firme, como uma luz que nunca se apaga. Juntos, seremos invencíveis, enfrentando qualquer desafio que surja.
Chuva hoje, sol amanhã. Juntos, venceremos sempre.

• Filipe Miguel