A cada manhã, o sol ainda tímido, ela abre os olhos e sente o calor da esperança invadir o peito. O dia começa, mas nada é certo. Tudo é novo, tudo é um começo. E, sem saber o que o futuro guarda, ela levanta-se e dá o primeiro passo, sem hesitar.
O vento, calmo, acaricia o seu rosto, como se a estivesse a guiar. Ela sente o toque do ar fresco, e com ele vem uma sensação de tranquilidade, uma promessa de que tudo estará bem. De estação em estação, ela vai, não como quem corre apressada, mas como quem aprecia a viagem, absorvendo cada momento que a vida lhe oferece.
Ao longo do caminho, vai encontrando rostos desconhecidos, cada um com a sua própria história, e por um breve instante, a sua vida cruza-se com a deles. Às vezes, ao virar uma esquina, deixa para trás as memórias que já não fazem sentido, como folhas caídas no outono. A sua alma carrega as marcas do que viveu, mas sabe que o tempo é implacável. E com o tempo, as saudades tornam-se mais suaves, como o vento que leva tudo embora.
No comboio da vida, ela é passageira e condutora. Em momentos de tristeza, sente o peso do passado, mas também sabe sorrir, sentir a leveza das pequenas alegrias do dia. Às vezes, o caminho parece escuro, outras vezes, ilumina-se com promessas. Mas ela segue, sempre em frente, com o coração aberto às possibilidades.
Cada paragem ensina-lhe algo novo. Cada lágrima, cada sorriso, são pedaços da sua história. Ela sabe que, mesmo com os desafios, a vida é um presente, cheio de surpresas e novos começos. Não tem medo do amanhã, porque sabe que, ao dar cada passo, constrói o seu próprio caminho.
- Filipe Miguel

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