O tempo passa num sopro, como as ondas que se estendem na areia, levando com elas um pedaço daquilo que fomos. Às vezes, parece que estamos de pé na praia, a olhar para o horizonte, perdidos entre as memórias do que ficou para trás e a incerteza do que virá. O mar murmura histórias antigas, e cada onda traz um eco de sorrisos, lágrimas e sonhos que um dia tivemos.
Há momentos em que nos deixamos ficar, presos ao ontem, enquanto o agora foge-nos por entre os dedos. Planos adiados, palavras não ditas, abraços que nunca demos. E a vida, essa força que não espera, continua. O coração pesa com as saudades do que poderia ter sido. Mas, no meio desse turbilhão, existe algo que nos chama a avançar: o amor. É ele que nos lembra que, mesmo com o tempo a correr, ainda há espaço para novas histórias.
A vida é feita destes momentos que exigem coragem. Precisamos de aceitar que não podemos mudar o passado, mas podemos viver o presente com toda a intensidade. O sol a bater na pele, o cheiro do sal, o barulho das gaivotas, tudo isso faz parte do agora, um presente que merece ser aproveitado. Porque, quando olharmos para trás, o que vai importar não são as horas que deixámos escapar, mas sim os momentos em que escolhemos viver de verdade.
Abraça cada dia como se fosse o mais especial, porque ele é. Vive com coração, sem medo de errar, sem medo de sentir. O tempo voa, mas também nós podemos aprender a voar com ele.
- Filipe Miguel

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