Filipe de Luar

Na vida, todos nós já sentimos um desejo profundo de voltar a momentos que nos aquecem o coração. Aqueles lugares onde o sol parecia brilhar mais forte, onde risos e abraços misturavam-se como uma melodia. É natural, especialmente quando os tempos são difíceis, olhar para trás em busca da felicidade que uma vez conhecemos. As memórias, como estrelas cintilantes na escuridão, iluminam os nossos pensamentos.
Por vezes, a desilusão faz-nos hesitar. Promessas não cumpridas pesam no peito, e o amor parece um sonho distante. Nesses momentos, o coração, cansado, fecha-se em dor, temendo o que pode vir a seguir. Mas mesmo na escuridão, uma voz suave sussurra-nos para abrir novamente as portas do nosso ser e deixar o amor entrar.
O amor verdadeiro, aquele que faz o coração vibrar, que traz borboletas ao estômago, é sempre um presente a ser vivido e partilhado. As feridas emocionais podem ser invisíveis, mas a dor é intensa. É fácil perdermo-nos em nós mesmos, esquecer que lá fora o mundo continua a brilhar, cheio de oportunidades e de beleza.
Existem pessoas especiais que, com gestos simples, conseguem desfazer os nós que nos prendem. Quando permitimos que essas conexões entrem nas nossas vidas, abrimos espaço para a renovação. Às vezes, é numa conversa sincera, num abraço apertado, que encontramos a verdadeira felicidade. Esses momentos são tesouros, pequenos raios de luz que aquecem a alma.
Amar é estar presente, é dar sem esperar nada em troca. Ao deixarmos de lado os medos e abrirmos os nossos corações, permitimos que a vida nos surpreenda. Assim, deixemos que a felicidade nos guie, colorindo os nossos dias e transformando cada momento numa bela história de amor.

• Filipe Miguel