A saudade é uma emoção comum, uma força viva e distintiva que influencia profundamente os nossos sentimentos. Ela manifesta-se de várias formas, cada uma com a sua intensidade e significado distintos. Algumas saudades doem profundamente, como uma ferida que parece não querer sarar. Outras têm o poder de nos consumir, tornando-se uma presença constante nos nossos pensamentos e emoções. Há, ainda, aquelas que, paradoxalmente, nos retratam, revelando-se como memórias vívidas de experiências que moldaram a nossa felicidade.
De vez em quando, somos invadidos por uma saudade que vai além da simples ausência de pessoas queridas. Esta saudade retrata lembranças de locais queridos., revive momentos especiais e reconecta-nos com aqueles que cruzaram o nosso caminho, deixando uma marca permanente nas nossas vidas. Apesar da dor que acompanha estas saudades, elas funcionam como testemunhas silenciosas de uma felicidade que vivemos.
Nunca antes experimentei saudades tão profundas como as que sinto. É uma ausência que permeia todos os aspetos da tua presença na minha vida. Desde a lembrança de momentos partilhados até à simples evocação da tua existência, todas estas manifestações de saudade convergem para criar um sentimento avassalador. Diariamente, as lágrimas correm devido à tua ausência física, ao mesmo tempo que anseio incessantemente pela tua companhia.
Sonhos, silêncios, abraços, beijos, amizade e saudades são elementos que, de alguma forma, nos capacitam a embarcar numa viagem para um reino de sonhos. Esta viagem transporta-nos para momentos maravilhosos e surpreendentes, mesmo quando a distância física é significativa. São sonhos que criei, porém, muitas vezes, derrubados pela fria realidade que insiste em se impor.
Os silêncios profundos preenchem vazios na escuridão, enquanto as saudades tornam-se guias nesta viagem de recordações e tristezas. Cada pensamento e fantasia são parte integrante desta viagem, repleta de momentos vividos e realidades partilhadas, mesmo que apenas na esfera da memória.
Estas saudades não apenas nos atormentam de forma paradoxal, são elas que nos impulsionam a viver. São sentimentos que nos fazem confrontar a ausência, mergulhar nas profundezas da nossa própria humanidade e encontrar significado na interseção entre a dor da saudade e a alegria dos momentos vividos.
Em certos dias, encontro-me diante de uma intensa invasão de saudade que se instala profundamente no meu peito, enquanto a vontade de estar contigo ressoa mais intensamente do que nunca. A recordação pede atenção, mas é a intensidade que ecoa de forma ainda mais penetrante, um grito que se eleva pela simples ausência de te ter aqui.
Hoje, provocaste em mim um sentimento de saudade. Senti a tua falta de uma forma marcante. Estás ciente disso, não estás? Se antes não tinhas conhecimento, agora deténs essa sabedoria. Neste momento, partilho contigo estas emoções de forma nua e crua. Chamo a isto despir a minha alma.
Será que entendes?
Será que percebes?
Será possível captar o meu clamor?
Hoje, encontro-me de uma forma peculiar, mergulhado em confusão e insatisfação. Sinto-me distante, como se estivesse alienado da própria vida. Neste dia, afasto-me, distancio-me de mim mesmo e do mundo ao meu redor. Estou distante, mas é uma distância escolhida, assumida para me aproximar de ti. Apenas para te ter mais presente nos meus pensamentos. Hoje, a minha presença não é só física aqui; está também impregnada na minha constante reflexão acerca de ti.
Será isto amor?
Será a carência de te ver?
A falta de comunicar contigo?
A ausência do toque?
Poderá tudo isto ser resumido a um sentimento de saudade? Ou será que, na verdade, o que experimento é apenas uma manifestação desse vazio nostálgico?
Todas estas emoções traduzem um profundo desejo por ti, uma saudade que se prolonga e se alimenta da tua presença. És o meu porto seguro, o abrigo que me acolhe e zela por mim. Tu és o regaço que me conforta, o ombro amigo que me protege e afaga. Vais para além de uma simples figura; és a personificação de um olhar teu, de um gesto teu, de um abraço teu… e transcende até mesmo a expressão de palavras.
Tu que penetras nos meus segredos, nas minhas sombras, e exploras os cantos dos meus silêncios. És o invólucro que permeia os espaços mais íntimos do meu ser.
A saudade é um território vasto que o nosso coração explora, sobretudo nos dias de serenidade e nos sonhos tão nítidos que, ao despertarmos, a sensação é de o termos vivido na realidade. Uma realidade tão tangível que quase consigo sentir o teu aroma e o toque, como se a tua presença persistisse, como se ainda estivesses aqui.
Sonhar encerra uma profundidade própria da saudade, e a saudade entrelaça inúmeros fios nos tecidos dos nossos sonhos. Os sonhos materializam-se como fragmentos de saudade que residem em lugares distantes, ausentes da nossa realidade quotidiana. São as ferramentas que a saudade encontra para suavizar as arestas da distância e da ausência na nossa caminhada.
A saudade, por sua vez, assume a forma de um fragmento de alguém que insiste e persiste dentro de nós. Adquire uma autonomia própria, toma decisões por nós sem solicitar permissão para entrar e fixar residência.
Comparável ao céu, ao sol e à lua, a saudade revela-se omnipresente, uma constante que não se desvanece. Acompanha-nos sempre, como elementos celestiais que pairam no firmamento da nossa existência.
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