Vazio
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Já não encontro no teu olhar aquilo que sempre pedi. Já não vejo paz, nem carinho… muito menos amor. A chama que antes me aquecia? Apagou-se. E agora, quando te olho, só encontro dor, aquela que finge que não existe, mas pesa.Já não encontro nos teus braços o meu lugar seguro. O amparo desapareceu, o
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Deitei-me. O coração batia como se tivesse corrido uma maratona sem sair da cama. A respiração acelerava, cada segundo parecia um grito preso. As lágrimas caíam, molhavam os lençóis, e tu… tu não estavas lá.Deitei-me. A cabeça não parava, os pensamentos multiplicavam-se como se a noite fosse um palco só deles. O silêncio era pesado,
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As paredes frias sussurram um desespero mudo, carregando um peso invisível que sufoca o ambiente. O ar denso parece vibrar com uma angústia latente, enquanto sombras distorcidas estendem-se como tentáculos de escuridão, serpenteando na busca de algo que já se perdeu.No chão gélido, uma figura solitária jaz imóvel, como se a própria vida lhe escorresse
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Roubaram-nos o tempo, sem que déssemos conta. Os segundos transformaram-se em minutos apressados, os dias dissolveram-se como areia entre os dedos, e os anos passaram como folhas levadas pelo vento. Mas não foram apenas datas riscadas no calendário que nos tiraram; foram os sorrisos cúmplices, os beijos trocados no silêncio, os abraços que nos mantinham
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Tanto te implorei por poesia que, inadvertidamente, acabaste por te esquecer de a criar. Os versos ficaram vazios, desprovidos de essência, sem traços do teu sentir para eu absorver. Aqui estou eu, ávido de poesia, cada vez mais enfraquecido pela falta dela. Tudo o que tento redigir sabe a pouco, desvanece-se no vazio, incapaz de
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Procuro-te com os olhos no horizonte, mas só vejo o mar à minha frente. Sentado na areia, cada onda que quebra na costa parece trazer-te até mim. A água fria toca os meus pés, mas em vez de arrepio, sinto o calor dos teus beijos, como se viajassem nas marés. A brisa marinha envolve-me e,
