up
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Conta-me ao ouvido a tua história como se acendesses um fósforo: devagar, com o cuidado de quem sabe o que arde. Sei que traz espinhos; sei que, por vezes, te deixa em pranto. Diz-me onde te magoaste, onde cais e onde aprendeste a levantar sem pressas, sem cortes.Conta-me os dias pequenos e as noites grandes,
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Sonhei-te. Uma vez. Duas vezes. E depois mais vezes, tantas que a memória já não sabe contar. No teu braço pousavam os meus livros de escola como se fossem pequenos navios; na minha sacola, o teu lanche cheirava a manteiga e silêncio partilhado. Os nossos risos rasgavam a rua como vento em papel, e as




