Tristeza
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As paredes frias sussurram um desespero mudo, carregando um peso invisível que sufoca o ambiente. O ar denso parece vibrar com uma angústia latente, enquanto sombras distorcidas estendem-se como tentáculos de escuridão, serpenteando na busca de algo que já se perdeu.No chão gélido, uma figura solitária jaz imóvel, como se a própria vida lhe escorresse
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Lá fora, o vento sopra, arrancando folhas das árvores e empurrando as ondas contra as rochas com uma fúria descontrolada. O céu, pintado em tons de cinza, parece um reflexo da tempestade que também habita dentro de mim. O sol, tímido e distante, esconde-se atrás do véu pesado das nuvens, como se tivesse medo de
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Com o tempo soalheiro ausente, resta-nos aceitar este tempo agreste, cinzento, chuvoso.Nesta paisagem cinzenta, estática e ao mesmo tempo agreste, há mais qualquer coisa de estranho, mais qualquer coisa que não me larga, que paira sobre mim.Olho sem entender, olho sem ver, até perceber que esta paisagem cinzenta está vazia de vida, de cores, de
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A chuva cai lá fora. Por vezes sou como este tempo, carrego a chuva, as tempestades, os vendavais dentro de mim, mas também acompanho o sol, a lua, o azul do céu…O sol parece ter tirado férias. Não sei se será da chuva ou da falta do sol que pareço caminhar num estado desolador, aprisionado
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Não me peças desculpa pelo tempo que passou. Pede-me, sim, desculpa pelo tempo que deveria ter sido vivido e não foi. Recordo-me das horas fugazes que escorregaram entre os nossos dedos, dos dias em que estiveste ausente, como uma sombra que se dissipou antes que eu a pudesse alcançar. A casa parecia vazia, silenciosa, sem
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Um abraço teu… só isso, e a saudade silenciava-se, desaparecia como um eco distante. A ansiedade dissipava-se num instante, e a minha alma encontrava a paz. Mas quem teve a ousadia de te afastar de mim? Eu não quis, tu não pediste, e, de repente, como uma cruel ironia, disseram-nos que era o fim.Quem ousou