Solidão
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Deitei-me. O coração batia como se tivesse corrido uma maratona sem sair da cama. A respiração acelerava, cada segundo parecia um grito preso. As lágrimas caíam, molhavam os lençóis, e tu… tu não estavas lá.Deitei-me. A cabeça não parava, os pensamentos multiplicavam-se como se a noite fosse um palco só deles. O silêncio era pesado,
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As paredes frias sussurram um desespero mudo, carregando um peso invisível que sufoca o ambiente. O ar denso parece vibrar com uma angústia latente, enquanto sombras distorcidas estendem-se como tentáculos de escuridão, serpenteando na busca de algo que já se perdeu.No chão gélido, uma figura solitária jaz imóvel, como se a própria vida lhe escorresse
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Deixei para trás promessas quebradas e ilusões que pareciam eternas. Caminhei sozinho na noite, perdido nos meus próprios pensamentos. A tristeza tornou-se uma sombra constante, e a falta de rumo pesava sobre mim. A escuridão envolvia-me, e os ventos sussurravam segredos indecifráveis. Sob a luz de mil sóis apagados, os dias vestiam-se de cinza.Atravessei o
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Lá fora, o vento sopra, arrancando folhas das árvores e empurrando as ondas contra as rochas com uma fúria descontrolada. O céu, pintado em tons de cinza, parece um reflexo da tempestade que também habita dentro de mim. O sol, tímido e distante, esconde-se atrás do véu pesado das nuvens, como se tivesse medo de
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Roubaram-nos o tempo, sem que déssemos conta. Os segundos transformaram-se em minutos apressados, os dias dissolveram-se como areia entre os dedos, e os anos passaram como folhas levadas pelo vento. Mas não foram apenas datas riscadas no calendário que nos tiraram; foram os sorrisos cúmplices, os beijos trocados no silêncio, os abraços que nos mantinham
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Não desistas de mim. Mesmo quando pareço distante, indiferente ou preso no meu próprio silêncio, acredita: cá dentro, há um turbilhão de emoções que não consigo expressar. Às vezes, fecho-me, não porque não sinto, mas porque sinto demais.Se um dia me afastar sem explicação, não vires costas. Fica. Procura-me. Por mais que o meu orgulho
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Os dias arrastam-se lentamente, como se deslizassem sorrateiramente num imenso palco de silêncio. Cada gesto, cada passo, é uma dança delicada que conta a minha história. Já se passaram dias desde o diagnóstico, que ressoou como uma sentença. Foi como escutar o eco de uma tempestade ameaçando a tranquilidade do meu mundo. Os minutos seguintes