Poesia
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Amei-te, à minha maneira. Talvez tenha sido um amor desajeitado, pouco cuidado, mas não duvides que foi sentido, profundo, e genuinamente apaixonado. Amei-te com a alma exposta ao luar, com a primeira luz do dia a cada acordar, e com o coração a vibrar a cada amanhecer. Quando via o Sol nascer, era por ti
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Quando penso em ti, é nas pequenas coisas que mais gosto. Nos momentos únicos que criamos juntos, percebo como tudo isto é especial. As lembranças que construímos têm algo mágico, como se cada instante fosse eterno.Gosto da leveza do teu ser, da maneira como te moves pelo mundo, trazendo contigo uma tranquilidade que me acalma.
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Acreditei na vida com uma fé inabalável, como se tivesse toda a força do mundo ao meu dispor. Era uma confiança tão sólida que se refletia na maneira como enfrentava cada dia, com a cabeça erguida e o coração aberto. A sensação de ter algo grandioso à minha espera era quase tangível, como uma luz
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Os dias escapam-me, deslizando pelos meus dedos como areia fina levada pelo vento, sem que eu consiga detê-los. O tempo avança implacável, e eu, impotente, apenas o observo a seguir o seu caminho. Continuo a caminhar, mas parece que já não sei qual é o meu destino. Sinto-me perdido, vagueando entre os montes, na esperança
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Ao tentar resolver a situação, percebo que tudo isso representa a minha angústia. Por mais que me esforce para entender, sei que nunca conseguirei completamente. É como se algo estivesse preso dentro de mim, bem no fundo do coração, e a cada dia que passa, sinto que estou a morrer um pouco mais. A cada
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Quis o destino, ou talvez o capricho da vida, dar-me um segundo de ti. Um instante tão fugaz, quase inexistente, mas que, mesmo assim, marcou a minha alma de uma maneira que eu não esperava. Não houve tempo para um beijo, nem sequer para um abraço. Só um breve momento, um suspiro que se esvaiu
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Não sei se fui eu que atravessei o tempo ou se foi o tempo que passou por mim, deixando-me para trás. Descobri, num instante de epifania, que sou filho do vento, sempre a vaguear, perdido das minhas origens. De onde vim? Quem sou? Essas perguntas ecoavam na minha mente, sem resposta. Perguntei às pedras da
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Hoje é a minha vez de te deixar ir. Sinto o peso deste momento, como se o ar ao meu redor estivesse denso, quase sufocante. Cada palavra que digo leva consigo um pedaço de mim, mas sei que é necessário. Dou-te tudo o que nos ligava, cada memória, cada sonho partilhado. Agora, leva contigo o
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Estou aqui, parado, sentindo o leve bater do vento contra o meu peito. Trago comigo uma flor, não uma flor qualquer, mas uma que roubei de um jardim há muito tempo. Lembro-me bem desse momento: o sol estava a descer, tingindo o céu de laranja. Sem que ninguém notasse, peguei na flor e guardei-a, bem
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Filipe de Luar 