Paz
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A noite estava serena, envolta num silêncio quase sagrado. A luz pálida da lua atravessava as copas das árvores, projetando sombras que dançavam suavemente sobre o chão. Fechei os olhos e deixei que os meus pensamentos corressem livres, como um rio que desliza sem resistência pelo seu leito. Naquele instante, não importava o tempo, nem
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Fica. Só por um instante. Não precisa de ser muito, apenas o bastante para fugirmos do mundo, para nos perdermos num recanto onde o tempo se dissolve e nada mais importa. Como se nos escondêssemos num trilho esquecido entre montanhas, onde o silêncio nos envolve e a distância nos protege.Deixa que o passado se desfaça
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Fecho a janela, deixando o ar fresco envolver-me. A noite avança, e o frio instala-se, arrepiando-me a pele e a alma. Lá fora, a chuva cai num compasso ritmado, uma melodia melancólica que embala os meus pensamentos. As gotas deslizam pelo vidro, enquanto o vento sopra ferozmente, espalhando folhas e lembranças.O rio corre turbulento, como
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O amor… Ah, o amor! Se alguém pudesse explicar, talvez tudo se tornasse mais claro. Ele reside nas calçadas antigas, onde os nossos passos ecoam memórias vivas. Está na água pura que jorra da fonte, dançando em cascata, refletindo a luz solar e dando vida a cada gota. Nas ondas que embalam o mar, o
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Estava sentada na varanda, o sol a pôr-se devagar no horizonte, a luz dourada a brincar nos seus cabelos. Ele chegou de mansinho, como quem não quer interromper o momento, mas a inquietação nos olhos denunciava o turbilhão dentro de si.— Sabes, — começou ele, a voz suave, mas carregada de uma nostalgia difícil de
