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Deitei-me. O coração batia como se tivesse corrido uma maratona sem sair da cama. A respiração acelerava, cada segundo parecia um grito preso. As lágrimas caíam, molhavam os lençóis, e tu… tu não estavas lá.Deitei-me. A cabeça não parava, os pensamentos multiplicavam-se como se a noite fosse um palco só deles. O silêncio era pesado,
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Nem sei bem como te chamar. Nem preciso. Tu apareces sem convite, fruto das minhas inseguranças e das incertezas que me perseguem. E, mesmo sem querer, acabo por te dar as boas-vindas vezes sem conta.Mas olha: quero que saibas que me travas. Que me afastas do melhor que há em mim. Levantas muros entre a
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Corro sem sair do lugar. Parado, mas sempre em movimento. Vou, mesmo sem saber para onde. Não estou onde pensam que estou, às vezes nem eu sei. Perco-me, mas sigo.As ideias fogem, atravessam ruas que só passo uma vez. Algumas parecem repetidas, mas nunca são iguais. O tempo, os pensamentos, as emoções, tudo acontece só
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Há dias em que tudo parece alinhado: estamos confiantes, tranquilos, sem medo do amanhã. Mas noutros, surgem as dúvidas, os imprevistos, as angústias. E aquela muralha que juraste erguer à tua volta revela-se frágil: mais frágil que baralho de cartas do que fortaleza. Basta um toque e desmorona.Somos tudo e nada, num instante só. E
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Somos pedaços de tempo que piscam e desaparecem, mas deixam marca: aquela que lembra que estivemos vivos. Somos páginas soltas de um livro aberto, e que livro incrível é este! Somos faíscas que iluminam, abraços que derretem o frio, gestos que falam sem palavras.E o mais incrível? É que tudo se mistura, tudo se encaixa,
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Perdido num vazio, sinto o vento a rasgar-me por dentro. Um espaço impaciente, onde as ondas rebentam contra mim como gritos de sufoco. Olho o céu e vejo estrelas, não são só luz, são promessas, são esperanças que me trouxeram até aqui.Aqui não há sorte, nem sinais divinos. Só areia que se molda como a
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O verão já se foi, o outono chegou devagar. Abro a janela, deixo o sol entrar um bocadinho… e logo se esconde, cedendo espaço ao frio.Deito-me contigo. As roupas caem sem pressa, e eu fico perdido na tua pele dourada, macia como veludo. O desejo aparece sem pedir licença, deixa-me sem jeito.Beijo-te devagar. Escapas-me por







