esperança
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Se algum dia sentires vontade de voar, estarei ao teu lado, acompanhando cada batida das tuas asas. Nunca te deixarei enfrentar a imensidão sozinha, porque a solidão não será a tua única companhia. Serei o abrigo nos dias tempestuosos, a sombra que te protege do calor intenso, a luz que dissipa a escuridão que por
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Com o tempo soalheiro ausente, resta-nos aceitar este tempo agreste, cinzento, chuvoso.Nesta paisagem cinzenta, estática e ao mesmo tempo agreste, há mais qualquer coisa de estranho, mais qualquer coisa que não me larga, que paira sobre mim.Olho sem entender, olho sem ver, até perceber que esta paisagem cinzenta está vazia de vida, de cores, de
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A chuva cai lá fora. Por vezes sou como este tempo, carrego a chuva, as tempestades, os vendavais dentro de mim, mas também acompanho o sol, a lua, o azul do céu…O sol parece ter tirado férias. Não sei se será da chuva ou da falta do sol que pareço caminhar num estado desolador, aprisionado
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Fecho a janela, deixando o ar fresco envolver-me. A noite avança, e o frio instala-se, arrepiando-me a pele e a alma. Lá fora, a chuva cai num compasso ritmado, uma melodia melancólica que embala os meus pensamentos. As gotas deslizam pelo vidro, enquanto o vento sopra ferozmente, espalhando folhas e lembranças.O rio corre turbulento, como
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Se pudesse comandar o tempo, detê-lo a meu bel-prazer, talvez tudo fosse diferente. Imagino-me a apagar momentos de dor, a varrer as lágrimas que deixaram marcas na pele e na alma. Tic… Tac… Tic… Tac…Mas o tempo, impiedoso, segue o seu curso, empurrado pelo vento que sussurra entre as árvores e se dissipa pelas ruas.
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Sinto-me que nem este tempo. Uma enorme tempestade, tempo cinzento, sem porto de abrigo. E ainda dizem que o tempo não tem influências.Porque é que o sol não pode brilhar todos os dias? Existem dias que temos de mau tempo, não que haja razões para tal, mas existem. Quero de volta o sol, bom tempo,
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Não me peças desculpa pelo tempo que passou. Pede-me, sim, desculpa pelo tempo que deveria ter sido vivido e não foi. Recordo-me das horas fugazes que escorregaram entre os nossos dedos, dos dias em que estiveste ausente, como uma sombra que se dissipou antes que eu a pudesse alcançar. A casa parecia vazia, silenciosa, sem
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O amor… Ah, o amor! Se alguém pudesse explicar, talvez tudo se tornasse mais claro. Ele reside nas calçadas antigas, onde os nossos passos ecoam memórias vivas. Está na água pura que jorra da fonte, dançando em cascata, refletindo a luz solar e dando vida a cada gota. Nas ondas que embalam o mar, o
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Um abraço teu… só isso, e a saudade silenciava-se, desaparecia como um eco distante. A ansiedade dissipava-se num instante, e a minha alma encontrava a paz. Mas quem teve a ousadia de te afastar de mim? Eu não quis, tu não pediste, e, de repente, como uma cruel ironia, disseram-nos que era o fim.Quem ousou
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Procuro-te com os olhos no horizonte, mas só vejo o mar à minha frente. Sentado na areia, cada onda que quebra na costa parece trazer-te até mim. A água fria toca os meus pés, mas em vez de arrepio, sinto o calor dos teus beijos, como se viajassem nas marés. A brisa marinha envolve-me e,
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Os dias arrastam-se lentamente, como se deslizassem sorrateiramente num imenso palco de silêncio. Cada gesto, cada passo, é uma dança delicada que conta a minha história. Já se passaram dias desde o diagnóstico, que ressoou como uma sentença. Foi como escutar o eco de uma tempestade ameaçando a tranquilidade do meu mundo. Os minutos seguintes
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Às vezes, uma palavra bastava. Um simples contacto, um afago delicado, um beijo que aquecia a alma, ou apenas um abraço apertado para acalmar o coração agitado. Num instante, tudo parecia encontrar o seu lugar, e o peso do mundo se dissolvia.Uma lágrima teimosa que escapa do olhar quando as emoções transbordam poderia ser enxugada
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Guardo-te profundamente dentro de mim, como se cada batida do meu coração fosse um lembrete constante da tua presença. Não és apenas uma lembrança, és o bater que mantém vivo este corpo onde todas as emoções se entrelaçam. Sinto-te junto ao meu peito, onde renasces a cada respiração, em cada batimento. Guardo-te como a suavidade
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Por mais que tente, insista e me esforce para mudar, há uma verdade incontestável que não consigo ignorar: não consigo acenar-te um adeus, não consigo deixar-te partir. O tempo, esse incansável viajante, pode levar-te para longe, e a ausência pode tornar-se uma sombra persistente, mas eu continuarei a procurar-te, entre as linhas de um verso