Ela fechou os olhos e deixou-se levar pelo vento. Sentiu-o acariciar-lhe o rosto, misturado com o cheiro da noite e da frescura do ar. Um sorriso, quase imperceptível, escapou-lhe enquanto flutuava, sentindo-se leve. A lua, lá no alto, brilhava com uma luz suave, guiando-lhe o caminho. Naquela noite, não havia medo. Era como uma borboleta

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Entreguei-me de corpo e alma. Talvez tenha dado mais do que devia, mas nunca me arrependi. Cada lágrima tua tornou-se minha, como se partilhássemos a mesma dor. Cada conquista tua encheu-me de orgulho, como se também fossem vitórias minhas.Quando já não tinha mais nada para oferecer, deixaste-me. Abandonaste-me no jardim onde um dia sonhámos juntos.

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Sentado aqui, no silêncio da sala, deixo que os pensamentos se estendam, sem pressa. Penso nos pequenos nadas que povoam a minha mente, coisas tão simples, tão pequenas, mas que para mim têm um valor imenso. São como pequenos fantasmas que habitam este espaço interior e me acompanham, sempre presentes. São esses momentos, esses gestos

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A noite cai lentamente, e o frio lá fora vai apertando. Aqui dentro, a lareira crepita e aquece não só o corpo, mas também a alma. O calor que nos envolve é mais do que físico, é uma sensação de aconchego que vai além da simples presença de um fogo. O som das chamas mistura-se

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Naquela tarde, a solidão apareceu à minha porta. O vento frio soprava forte, como se quisesse entrar, mas ela estava lá, quieta, frágil. Chamei-a. Não hesitei. Tentei tocá-la, senti que a sua dor era tão profunda, como se a vida lhe tivesse roubado algo todos os dias. Ela gritou, e o som preencheu o vazio

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O vento lá fora agitava as árvores, mas a casa estava em silêncio. Aqui dentro, só eu e as minhas memórias. Não estás comigo, mas és impossível de esquecer. Procuro-te nos lugares onde costumávamos estar, mas o vazio é a única resposta. Ainda assim, quando fecho os olhos, a tua imagem surge como se nunca

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Hoje alguém perguntou-me se a poesia só fala de amor. Fiquei a pensar na pergunta por um momento, sem saber o que responder. O amor, será que é tudo o que nos move? Será que é aquilo que nos faz levantar de manhã e seguir em frente, mesmo quando tudo parece perdido? Eu só sei

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Quando penso em mim, vejo-me feito de pequenas coisas, momentos que guardo e que me definem. Sou como a gota de orvalho que se forma ao amanhecer, quando a cidade ainda está quieta e o ar fresco toca a pele. Sou aquele brilho no céu, o reflexo das estrelas que, mesmo distantes, fazem-me sonhar. Sou

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