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Renascer do Sonho: A Metamorfose de um Espírito Livre

Durante quase cinquenta anos, parecia que tudo tinha adormecido. Um sono pesado, daqueles que fecham portas por dentro e deixam o mundo à espera. Mas o sonho, teimoso, resistente, quase teimosia de criança, recusou morrer. Meio partido, meio cansado, levantou-se. Respirou fundo. E voltou.
Explodiu como um vulcão que esteve demasiado tempo calado. Arrombou a porta, sacudiu o pó e foi à procura da luz. Queria sol. Queria calor. Queria aquele brilho que faz o coração acreditar que ainda vale a pena continuar.
Ignorou as vozes sombrias, os avisos negros, os “não vás”, “não consegues”, “não és capaz”. Corvos famintos que tentaram assustá-lo, travá-lo, devorá-lo. Mas o que era só um rascunho começou a ganhar forma. O que era finito abriu-se como se tivesse descoberto o infinito.
E então… aconteceu. A metamorfose. Um renascer que cheirava a liberdade, a alívio, a “finalmente”. Avançou com a leveza de quem descobre o mundo pela primeira vez, mas com a firmeza de quem sabe que já esperou demasiado.
O desassossego virou energia pura, aquele frenesim bom que faz qualquer pessoa sentir-se viva. O coração bateu mais forte, mais rápido, mais destemido. Não temeu o desconhecido. Não se deixou escrever pelo medo, escreveu-se a si próprio.
Com ousadia, seguiu em frente. Intrépido, decidido, quase insolente na forma como enfrentou o destino. Levantou a bandeira da vitória antes mesmo de chegar lá, não por arrogância, mas por fé. Fé no caminho. Fé no sonho. Fé no que ainda estava por resgatar.
E assim continuou: firme, desperto, faminto de futuro.

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