Eu sou isto tudo ao mesmo tempo: querer, ser, sentir, amar. E às vezes parece que o meu peito é um lugar secreto onde guardo um sonho antigo: o de encontrar um amor prestimoso, daqueles que não se explicam, só se vivem. Um amor vindo de uma mulher que me entende nas correntes frescas que atravessam o meu coração, mesmo naquelas partes que eu próprio ainda estou a tentar decifrar.
E, olha, digo-te sem rodeios: há qualquer coisa de meio marota no meu desejo de sentir a almofada dos teus lábios. É como se o mundo ficasse em pausa quando imagino isso.
O teu sorriso? Meu Deus… o teu sorriso tem aquele brilho que me acende por dentro. O teu olhar fala comigo sem dizer nada, e eu fico ali, meio perdido, meio inspirado, como se tivesse encontrado uma nova forma de respirar.
E falando em respirar… a tua respiração inquieta, quase desassossegada, diz-me mais do que mil palavras. É nela que percebo o que sinto, e o que recebo de ti deixa-me num estado que nem sei explicar. Só sei que é bom. Só sei que é nosso.
Eu sou amor. E quando penso no teu beijo… sinto uma felicidade tão grande que parece uma aurora a nascer devagarinho, a empurrar a noite para longe, a pintar tudo com aquela luz calma e encantadora que só existe nos momentos que realmente importam.
Filipe de Luar 
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