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Memórias à flor da pele

Houve dias em que tudo era esperança. Dias em que acordávamos com a certeza de que os sonhos tinham pernas, asas, e que o mundo estava pronto para ser conquistado. Havia caminhos, muitos. Uns claros, outros escondidos, mas todos cheios de destinos que se ligavam à força da mudança.
Hoje… hoje a busca continua, mas já não é igual. Os sonhos ainda existem, mas parecem mais distantes, como se a vontade tivesse perdido o ímpeto. É a razão a roubar borboletas ao estômago, a transformar o frio na barriga em cálculos e dúvidas. É cavar terreno incerto, sem saber se o que vem aí é estrada ou precipício.
O presente engole tudo. Hoje é só hoje. O amanhã parece uma prospeção roubada, uma promessa que se desfaz antes de nascer. E no fim, sobra um pedaço de nada, ou talvez um pedaço de tudo, se tivermos coragem de o reinventar.


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