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Entre tempestade e brisa

Tu chegas como quem manda no vento. Às vezes és tempestade, outras és brisa que roça a pele e atravessa becos onde a luz falha. Na sombra da cidade, há quem vagueie só para te topar, olhos acesos na esperança.
Só tu conheces os desejos escondidos, aqueles que explodem quando a raiva se parte em mil pedaços. O fogo disfarça-se de saudade, mistura-se com enganos, e a ausência joga às escondidas com a memória.
Nos lábios vermelhos ficam presos os dias, as horas, os beijos. As palavras guardadas nesse incêndio queimam baixinho, até que a tua silhueta aparece e tudo se solta.
No fim, sobra o corpo. As mãos procuram silêncio dentro de outros silêncios, até que uma mulher surge na noite e escreve novas linhas, uma nova história.


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