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Reflexão de vida

Sonhos entrelaçam-se com lembranças, fragmentos de um tempo que nunca chegou a ser, mas que insiste em querer existir. Afago os meus medos neste lago onde a esperança ainda agita-se como folhas ao vento.
É muito. É tudo. Mas basta, se for contigo.
Estamos tão perto… e ainda assim, tão longe. As lágrimas que escorrem dos teus olhos são como chuva miúda, silenciosa, que rega o chão onde repousam as tuas memórias. E, por um breve instante, a distância dissolve-se. O tempo suspende-se.
Essas memórias, adormecidas mas inquietas, corroem-te a paz. Rasgam-te por dentro, dividem-te em dois. São ecos do que foste, do que sonhaste ser, do que nunca tiveste coragem de esquecer.
Não te deixam partir. Nem te permitem ficar. Apenas te empurram, com uma doçura cruel, para o ponto de partida, onde as almas se perderam de si mesmas e o silêncio começou a falar mais alto.
Somos vivos, sim. Mas por dentro, estamos exaustos. Almas que caminham sem mapa, cansadas da própria pele, do próprio reflexo. O desejo arde, consome, devora o que ainda resta da nossa essência. E mesmo assim, continuamos.
Porque há beleza na dor. Há verdade no sonho. E há luz, mesmo na sombra.


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