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A beleza que só o coração revela

Nos olhos da princesa habita uma tristeza discreta, mas luminosa como rubis apagados que ainda guardam o eco do brilho, esquecidos nas esquinas douradas da realeza. É um silêncio que fala, uma sombra que cintila.
Um simples olhar de canto transforma-se em flecha. O amor não pede licença: chega de rompante, atravessa, rasga, deixa cicatriz. E o reflexo devolve-se cru, como mural pintado à pressa: intenso, imediato, impossível de ignorar.
Os cabelos loiros soltam-se ao vento como música em palco aberto. Ondulam em ondas vivas, plumas elétricas a atravessar o pensamento. São pedaços de sonho que se desfazem como fumo na madrugada, deixando no ar apenas a memória do instante.
A beleza deslumbra, mas só uma resiste ao tempo: a que nasce do coração. Porque sem amor, até o rosto mais perfeito é apenas fachada: brilho vazio, sem chama, sem verdade.


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