Filipe de Luar

Eternos são os momentos que vivi contigo, tão intensos que as horas ardem e voam. Instantes que queimam por dentro e fazem o tempo perder o fôlego, deixando apenas o calor vivo do que ficou.
Eternos são os teus beijos, brasas que permanecem depois da despedida. Sinto-os quando fecho os olhos; regressam em sabor, toque e calor, insistentes, a lembrar-me dos teus lábios em cada memória.
Eterno é o teu sorriso, um farol perene onde mais do que ver alegria eu leio a verdade simples do que me dizes. Nele encontro calma, autenticidade e a luz que revela o que é real.
Eterno é o teu abraço, um porto com cheiro a aconchego e a lar. É o lugar onde a minha alma atraca nas tempestades, o refúgio onde me sinto protegido, onde encontro tranquilidade e a certeza de que nada me faltará.
Os teus gestos e palavras ficaram gravados em mim como faúlhas que não se apagam; cada riso, cada olhar, inscreveu-se com tal força que o tempo se dissolve à sua volta. Há uma simplicidade profunda nas coisas que partilhas, uma intimidade sem ornamentos que me envolve e me torna inteiro.
Os momentos contigo são fogo e vento: queimam, espalham-se e transformam. Permanecem nas lembranças como brasas aquecendo as noites frias, como um farol que guia e um porto que aguarda. Quando tudo ruge lá fora, é o teu sorriso que me orienta e o teu abraço que me ancora.
Vivo estas memórias com gratidão e desejo. Partilho-as porque tocaram-me a alma e ensinaram-me o que é ser seguro, ser amado, ser encontrado. É por isso que, sempre que penso em ti, o tempo desacelera para saborear o presente que tu deixaste: calor, paz e uma beleza simples que se mantém eterna.

• Filipe de Luar